
Quem dera fosse tinta
o sentimento que à face pinta
Esse tal que descolore o coração
mergulha meu nariz em vermelhidão
Quem dera eu fosse boba, de aço
É que me sugere essa sina de palhaço
Aceitar o pouco e o improviso
Sou máscara que força riso
Quem dera picadeiro fosse mar
Mergulharia sem tempo findar
Sorriria, gargalharia até a garganta dá nó
Mas é só espetáculo, vão-se embora; sinto só
Ouvi dizer: amar é arte que não desbota
Mas tenho a cara torta e o rosto a desfigurar
Nessa idade que me vai, a maquiagem se esgota
Não é vaidade que me faz o rosto pintar!
(Janeiro de 2009, adapitado em Janeiro de 2010)
*...não, eu não pinto o rosto pra sobreviver; nem sou ladra de coração de ninguém.
Escrito baseado na perspectiva (maravilhosa, diga-se de passagem) que tive de me fantasiar
de palhaça-boneca no ano de 2007, para uma apresentação de dança no CAS.
Carolziny.
Parece com sua essência o seu poema u.u
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