Recolhida no meu canteiro,
o tempo trouxe um carteiro
e um recado vermelho.
Assustei-me.
- Velho carteiro, quem oferece-me
uma rosa?!
- Não sei, mas aceite.
- Já possuo espinhos demais. Esta rosa tem espinhos?
- Possui espinhos, como qualquer outra rosa,
mas depois que você os supera,
vale a pena... vale a pétala, o cheiro, a cor...
E o orvalho tomou-me os galhos, como de costume.
No meu canto, floresci em silêncio.
Foi a primeira vez que vi um carteiro noturno.
Talvez tenha sido a única hora que teve pra passar aqui.
E partiu, sorrindo pra mim, com suas mãos perfumadas.
Não sei porque, mas tive certeza que voltaria amanhã!
Longe, ouvi ruídos de primavera no balançar das folhas
caducas e molhadas; suor ou orvalho, nem sei...
Inquietei-me.
Então senti os espinhos me acariciarem e peguei no sono.
E no findar de um piscar de olhos a rua já ia clareando...
Comecei a sorrir igual ao carteiro
Agora, apenas espero o inverno me perdoar...
______
Tsc tsc...
Depois eu conto como é ser roseira.
Depois.
hauhauhuahuha
ResponderExcluirMuito bom! Fluído! Adoro!
Saudações da Thaminex!
;***
uashuahsuahs...
ResponderExcluiradoreiiii...
Depois eu conto como é ser roseira, depois...
(bem sua cara isso)
Como andam as musicas de fossa?