sábado, 15 de maio de 2010

Relógico

Não me importo com o gosto do ponteiro girando
Tão pouco reparo no som que ecoa
Queria pensar sua língua
Queria controlar seu àtoa

A tua mira me cerca
Me contorna, me engana e não convence
Queria admirar teus olhos
Evito... para que o amor não pense...

Todo santo dia desperto
Como se fosse hora de acordar
Durmo um sonho só, já dormido
E finjo que domino o que quero lembrar

Ontem eu até senti falta da saudade
Do imenso giro no relógio que você fazia
Hoje eu gosto do tic-tac gritando:
Melhor não ser espera e ser esqueceria.

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Meu relógio fuleiro tomou chuva e parou de funcionar.
Acho que essa é a perspectiva. Eu acho, né.

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